3 de setembro de 2013

Nas loucuras e crônicas de Nanda - Parte I


Nanda aos seus 18 anos parece ser a mais louca garota da face terrestre. Não sabe o quer fazer na vida, ser engenheira, psicóloga, fisioterapeuta, dançarina ou modelo. Mas sabe que quer viajar pelo mundo, ao som de música boa, e fazer muitas compras.
De primeira impressão Nanda parece ser só mais uma garota fútil nascida na alta sociedade carioca, que desfila seu corpinho esbelta e coberto de grifes pelo calçadão de Copacabana. Mas não, Nanda é muito mais do que parece ser, quer muito mais do que parece querer, e não vive em um conto de fadas em que muitos acreditam que ela viva.

Ela tem tudo, e ao mesmo tempo, nada.

Ela não tem liberdade, não recebe amor e ainda atura as futilidades de uma família tradicional da alta sociedade, onde viveu maior parte do tempo agüentando regras e gente falsa. Seus pais vivem da imagem e do sobrenome da família Alcântara. Escondendo podres e escorregadas de parentes para não ferir a imagem familiar. Nanda foi criada que nem cobaia de laboratório. Foi usada como experiência para se tornar a garotinha perfeita.

Mas como tudo tem limite a paciência de Nanda também, além de aturar as frescuras familiares ela vive um relacionamento conturbado que parece não ter fim.


Certo dia ela simplesmente resolve viajar.

Arruma as malas, pega um táxi e vai a caminho do aeroporto. Nesse trajeto ela encontra no celular um dos textos que escreveu há um tempo atrás.
A melhor forma de desabafar e se sentir bem que Nanda encontra é escrevendo. Ela costuma escrever mais –muito mais- sobre Rafael seu primeiro e grande amor, escrever sobre a história de Nanda e Rafael, que recentemente deixara de ser o seu amor.
No texto dizia:

  • Eu sei que não temos nada sério. Sei que jamais teremos algo sério outra vez. Sei que de uma forma ou de outra eu joguei fora todas as chances que tivemos de ter um relacionamento sério. Temos algo. Não sei explicar bem o que. Mas temos algo que faz nossos corações baterem mais forte e nossas mãos se encontrarem, assim de repente, sem motivo. Temos algo que faz com que um pense no outro, nem que seja um pouquinho antes de dormir. Temos algo que não controlamos, algo que um toque e um olhar não escondem, e sim revelam. Algo que nós mantém juntos. Algo sério. Não temos mais toda a paixão, toda aquela luz de quando namorávamos, mas temos faíscas. Não temos mais toda aquela chuva, toda aquela tempestade, mas ainda temos uma garoa. Por mais que não exista nada de tão sério entre nós, ainda existe algo. E eu tenho a mania de acreditar que esse algo, é algo sério...
E lendo esse texto Nanda pensa em enviar uma mensagem para Rafael.


Continua...

Renata Rodrigues


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